sexta-feira, 9 de outubro de 2009
DISFUNÇÃO ERÉTIL E DIABETES
Postado por Sylvia Faria Marzano às 09:48 0 comentários
BEXIGA HIPERATIVA
Postado por Sylvia Faria Marzano às 09:43 0 comentários
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
DISPAREUNIA
Postado por Sylvia Faria Marzano às 22:54 0 comentários
sábado, 3 de outubro de 2009
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES URINÁRIAS DE REPETIÇÃO
Postado por Sylvia Faria Marzano às 18:49 0 comentários
REPOSIÇÃO HORMONAL MASCULINA
A deficiência androgênica (diminuição da produção do hormônio masculino) acomete um percentual, acima dos 40 anos, ainda não bem definido na literatura. Durante o envelhecimento ocorre uma diminuição lenta e gradual dos níveis de testosterona. A terapia de reposição com a testosterona é usada por muitos autores quando a avaliação laboratorial repetida confirma este quadro clínico.
Para definir essa alteração típica do processo de envelhecimento, vários nomes foram usados na literatura: climatério masculino, menopausa masculina ou andropausa, etc., nomes usados erroneamente, pois se referem a alterações que ocorrem na mulher, cujo ciclo reprodutivo possui um fim determinado com a falência ovariana. A Sociedade Brasileira de Urologia (2002) preferiu chamar de deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM). A taxa de declínio da testosterona varia de 1 a 2 % ao ano, a partir dos 50 anos de idade.
Numerosas alterações anatômicas ocorrem nos testículos com a idade. O tamanho e o peso diminuem, e há também diminuição das células que produzem a testosterona.
As manifestações clínicas incluem: 1) diminuição do desejo sexual e qualidade das ereções, principalmente as ereções noturnas; 2) mudanças no humor com diminuição da atividade intelectual e orientação espacial; 3) fadiga, insônia, depressão e irritabilidade; 4) diminuição da massa muscular e aumento da deposição de gordura visceral na parte superior e central do corpo; 5) diminuição da quantidade de cabelos e pelos no corpo; 6) alterações da pele como diminuição da espessura e hidratação; 7) diminuição da densidade óssea mineral com resultante osteoporose (Morales, 2000; Morley e Perry, 2000).
O diagnóstico de deficiência androgênica parcial do homem idoso deverá ser estabelecido quando a testosterona total dosada entre as 06:00 e 08:00 horas da manhã estiver abaixo de 300 ng/dl em duas a três oportunidades consecutivas, e a concentração de SHBG (proteína que carrega o hormônio sexual para dentro da célula) elevada.
Um dos métodos mais eficazes de reposição hormonal é o uso do Undecanoato de Testosterona intramuscular. Mas, essa reposição só deve ser efetuada se houver comprovação dos sintomas com os níveis baixos de testosterona livre calculada. Não deve ser usada em homens jovens por risco de infertilidade.
Benefícios do tratamento no envelhecimento masculino incluem uma melhora na sensação de bem estar, libido e força muscular; aumento da massa magra e diminuição limitada da massa gorda corpórea; diminuição da depressão do idoso. Não deve ser usada, no câncer de próstata e de mamas.
Referências: RBM - 2006
Postado por Sylvia Faria Marzano às 18:47 0 comentários
MÉDICA UROLOGISTA?
“Como posso encontrar uma médica urologista?” - Essa é uma questão freqüente enviada pelos e-mails que recebo através de pesquisa pela net.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia – seccional SP, de 3700 profissionais da área, só encontramos 1% de urologistas mulheres no Brasil. Já há 10 anos, de acordo com uma pesquisa realizada pela Dra. Beatriz Cabral, urologista que atua mais nas áreas feminina e pediátrica, com as urologistas da época, sessenta por cento comentavam sobre o preconceito dos próprios colegas em contratar mulheres para essa especialidade.
Formada há trinta anos, a minha formação foi em Urologia Pediátrica, mas sempre fazia as cirurgias das crianças e dos adultos da clínica com outro urologista, o que fez com que me mantivesse em dia com a especialidade. Há 10 anos fui convocada pela chefia do meu serviço público, para trabalhar como urologista no Pronto Socorro Municipal de São Caetano do Sul. Aceitei o desafio, mas fui fazer uma reciclagem, ficando por dois anos (de 1997 a 1999) no serviço de urologia da Faculdade de Medicina do ABC.
Nessa época, passei a atender os adultos que procuravam o meu consultório, já que a demanda era bem grande. Daí em diante, o crescimento das consultas foi muito grande, sendo que o paciente escolhia com quem gostaria de ser atendido, não lhe sendo imposto uma médica, como ocorreria em um serviço público.
De acordo com a Dra. Karin Anzolch, única médica urologista de Porto Alegre, existem três motivos para que os homens acabem optando por uma médica: 1- experiências negativas com profissionais homens; 2- acham que a médica é mais atenciosa; e 3- vergonha de serem tocados nos genitais e fazer o toque retal por outro homem, além da eterna comparação com tamanho dos genitais! Também penso desta maneira após todos estes anos.
Nunca sofri discriminação pelos pacientes, que atualmente são, setenta por cento deles, do sexo masculino. O preconceito ocorre dos próprios colegas da profissão. Até hoje, os congressos de urologia são compostos em sua esmagadora maioria por homens, mas faço questão de sentar na primeira fila. O olhar deles é sempre de questionamento, ou então sou ignorada. Mesmo assim, participo de quase todas as reuniões e jantares da especialidade que acontecem no ABC, e sou muito respeitada pelos colegas que aprenderam a me aceitar.
Meu prazer é estar sempre estudando e ensinando aos novos profissionais, que precisam aprender a ouvir e a pensarem no homem como um ser inteiro, com corpo e alma, sem dividi-lo em pedaços. Devemos pensar no homem que tem uma afecção urológica e não na afecção urológica do homem.
Sylvia Faria Marzano
Postado por Sylvia Faria Marzano às 18:45 0 comentários