sábado, 3 de outubro de 2009

TRATAMENTO DAS INFECÇÕES URINÁRIAS DE REPETIÇÃO

As infecções do trato urinário (ITUs) são doenças renais/urológicas mais comuns e estão entre as infecções bacterianas mais freqüentes em humanos. Dados recentes estimaram que 8 milhões de americano são diagnosticados com ITUs, anualmente (Stamm, 1998), caracterizando alta morbidade e elevadas despesas médicas. Entre adultos com ITUs não complicadas que sejam saudáveis, as mulheres representam aproximadamente 80-90% de todos os casos. Isto se deve principalmente ao cumprimento curto da uretra feminina, que é 80% menor que a masculina.

Estima-se que cerca de 10-20% de todas as mulheres receberão algum tratamento médico para ITU durante suas vidas (Johnson e Stamm, 1989; Shultz ET al, 1984), o que resulta em 3 a 5 milhões de consultas por ano (Johnson e Stamm, 1989; Carlson e Mulley, 1985). Ademais, pacientes com ITUs incorrem em custos substanciais com assistência médica, bem como sofrem com o desconforto e perda de tempo de trabalho (Ferry ET al, 1988).

Pacientes com cistos não complicados ou pielonefrites geralmente respondem bem à terapia com antibióticos, resultando em uma resolução completa dos sintomas. Porém, em seguida ao primeiro episódio de ITU, aproximadamente 30% dos pacientes irão experimentar recorrência nos próximos 6 a 12 meses. O risco de recorrência é maior nos 2 primeiros meses do episódio inicial e diminui a partir de então (Mabeck, 1972; NIH, 1990). Além do mais, a administração de antibióticos para cada recorrência pode levar ao surgimento de focos de resistência.

Diferentes sorotipos de Escherichia coli são os Patógenos mais comuns em ITUs, contabilizando 80 a 90% das infecções adquiridas em comunidade (Schneider, 1990). Outros organismos que causam ITUs incluem espécies de Proteus mirabilis, Morganella sp, Providencia sp, Enterobacter sp, Klebsiella sp e Pseudomonas sp, bem como o estafilococo e o enterococo, apesar de que a maioria dessas bactérias são mais comumente encontradas em ITUs complicadas e em infecções hospitalares.

Em alguns pacientes, a administração a longo prazo de baixas doses de antibióticos tem sido utilizada para prevenir infecções recorrentes. Pacientes neste grupo incluem mulheres que tiveram mais do que duas infecções a cada 6 meses, homens com prostatite crônica e mulheres grávidas com bacteriúrias assintomáticas (Ferry ET al, 1988). Porém, o uso muito comum de antibióticos está associado com o desenvolvimento de focos de resistência e, portanto, são necessárias estratégias alternativas. Uma opção potencial é o uso de drogas imunoestimulantes.

A imunoestimulação com extratos de bactérias pode ser usada para fornecer proteção de longa duração contra ITUs. A OM Pharma, em Genebra (Suiça), extraiu frações imunoestimulantes de 18 sorotipos diferentes de E.coli, o agente etiológico associado com as ITUs adquiridas na comunidade. Cada sorotipo foi cultivado separadamente, morto e, então, fracionado. O extrato foi, então, purificado e liofilisado para fornecer o produto final, que é comercializado por laboratório APSEN.

O medicamento à base de Lisado bacteriano de Escherichia coli, da Apsen Farmacêutica é administrado oralmente e é capaz de estimular o sistema imunológico do organismo e fornecer proteção contra uma grande variedade de bactérias patogênicas, incluindo E.coli. É recomendado para a prevenção de ITUs baixas recorrentes e como um co-medicamento no tratamento de ITUs baixas agudas.

O medicamento é vendido sob prescrição médica e já se encontra nas principais farmácias de todo o Brasil.

Referência: Texto retirado da monografia do produto da APSEN FARMACÊUTICA S/A

PROCURE SEMPRE UM (A) UROLOGISTA PARA ORIENTÁ-LO NO TRATAMENTO DA ITU RECORRENTE

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