domingo, 25 de setembro de 2011

CASAIS SE BEIJAM CADA VEZ MENOS


(Obra de Vik Muniz)

No início de um relacionamento, não faltam olhares carinhosos, vozes aveludadas e muitos, muitos beijos. Mas conforme o fogo da paixão vai se apagando os beijos "calientes" viram bitocas, selinhos. Ou nem isso. Segundo pesquisa realizada na Inglaterra, um em cada cinco casais se beija apenas uma vez por semana e quando essa manifestação de carinho acontece, não costuma durar mais do que cinco segundos.

Na opinião da Dra. Sylvia Faria Marzano, terapeuta de casais, lamentavelmente, o beijo deixou de ser visto como a lenha que se coloca na lareira, para que o calor não acabe, e se tornou um sinal de relacionamento sexual. Essa maneira imatura de enxergar o beijo dentro de uma relação leva os casais a acharem que não há mais necessidade de conquista depois de um determinado tempo, já que um sabe muito sobre o outro. "Acredito que você conheça o beijo da pessoa e não a pessoa pelo beijo. A grande chave dos longos relacionamentos prazerosos é a novidade! Não é conhecer totalmente a parceria, mas sim ter sempre algo de diferente para saber", diz a terapeuta.

Para a especialista, a intimidade demasiada, ao invés de levar a um melhor relacionamento, faz com que ele caia na monotonia. "Quando pergunto aos meus pacientes sobre como são seus beijos e se tem namoro, ou eles confundem o namoro com preliminares e sexo, ou dizem que já namoraram antes de casar", lembra.

O beijo é o termômetro do casal. Com a redução ou fim do mesmo, o casal perde a manutenção da relação, a novidade, o envolvimento, a conquista do dia a dia. "Quando o casal se beija deve existir uma troca com liberação de óxido nítrico, que é um dos responsáveis por estimular a ereção no homem e excitação na mulher. O beijo erótico é um aprendizado, no qual a língua explora todos os locais da boca, pausadamente, os corpos se encontram, se aquecem e mantém o erotismo do casal".

Assim como o casal reserva um tempo para discutir a relação, o beijo pode sim ser um bom motivo para uma conversa séria. Nada melhor do que a vontade de mudar para ajudar os parceiros a resgatarem o fogo da paixão. Em certos casos, a intervenção de um terapeuta de casal é bem-vinda.

"Não espere que a mudança parte sempre do parceiro. Busque informação, aprenda! Se sentir necessidade de mais aconchego, fale com o parceiro, abrace mais, demonstre mais afeto. Isso será muito importante até porque este será o modelo a ser usado pelos seus filhos", aconselha Dra. Sylvia.

Por Juliana Falcão (MBPress)

 

sábado, 10 de setembro de 2011

AMANTES PARA SEMPRE


                                          


Não deixe que o doméstico faça a sua relação cair na rotina, fique alerta!

Falta de erotismo, a monotonia e a domesticidade acometem os casais que acham que não há necessidade mais do namoro, de conquista e de novidade no relacionamento.

Segundo Sylvia Faria Marzano, terapeuta de família, casais e sexual  , a maioria das pessoas que chega no consultório se queixando de alguma disfunção sexual ou inadequação do casal, se surpreendem quando o assunto é encontrar novidades que possam apimentar a relação. “Geralmente, as pessoas pensam que a conquista já foi feita, quando o relacionamento parece estar estável. Vários casais acham que seduzir dá muito trabalho, um trabalho que eles não deveriam ter, já que já estão juntos. Outros já acham que a intimidade significa total transparência entre as partes. A surpresa da sedução é importante todos os dias.”

A terapeuta ensina que o erotismo gosta do imprevisível. “O desejo entra em conflito com o hábito e a repetição. É indisciplinado, e desafia nossas tentativas de controle”.  E aconselha que o casal não se iluda com a sensação confortável de se valorizar o previsível, achando que o melhor da vida a dois é conhecer tudo um sobre o outro, de tudo o que o outro gosta. “As pessoas mudam com o passar dos anos. E para que a relação permaneça saudável, o ideal é acompanhar essas mudanças, sondar o que ainda há de mistério em seu par. Assim o prazer da conquista será eterno”.

Alguns conselhos práticos cercam a surpresa e o inusitado como divertida tentativa de se resgatar os tempos de paquera. “Quando um homem quer muito uma mulher, se interessa por ela, tenta fazer parte do mundo dela, auxiliando nos pontos frágeis. A mulher por sua vez aposta mais no visual, porque isso também a deixa mais segura para exercer a sedução necessária para capturar a atenção masculina desejada”.

A vida doméstica, e nem precisa morar junto para isso,  nem sempre valoriza esse clima de sensualidade, mas o casal pode utilizar o próprio cotidiano a seu favor: o homem pode ajudá-la nas tarefas domésticas insinuando em cada pequena ação sua virilidade comparada à relação sexual. Nada mais sexy do que um homem na cozinha e de avental.

Outra dica é namorar bastante. Com o tempo os beijos encurtam porque ficam mais reservados à relação sexual (parece um sinalizador da hora do sexo), que por sua vez fica cada vez mais rápida pela desculpa de falta de tempo e cansaço físico. Vale aqui o conselho do sexo tântrico de valorizar todas as preliminares antes dos processos de estímulos corporais, como mandar torpedos insinuantes, um convite para um jantar, ou uma viagem a dois, beijos longos, abraços e “amassos” demorados, em qualquer ocasião do dia e em qualquer situação, e que nem sempre sejam para levar à cama. O segredo é deixar sempre uma lenha aquecida no forno, e para isso é preciso colocar a madeira antes que a outra acabe com a chama, senão, rapidamente perde o calor!

domingo, 4 de setembro de 2011

DIA MUNDIAL DA SAÚDE SEXUAL - 04-09-2011


Falar em saúde sexual não é falar em sexo.

É falar em uma condição de bem estar físico, mental, emocional e social, que exige uma abordagem positiva e respeitadora perante a sexualidade e as relações sexuais, bem como, perante a possibilidade de ter prazer e experiências sexuais seguras, livres de coação, discriminação e de violência.

Numa tentativa global de se assegurar o desenvolvimento de uma saúde sexual saudável, foram determinados os DIREITOS SEXUAIS! Declarados como direitos humanos básicos e universais, referentes à sexualidade, que emanam de direitos de liberdade, igualdade, privacidade, autonomia, integridade e dignidade, devem, como tal, ser reconhecidos. Respeitados, promovidos e defendidos por todos!

DIREITOS SEXUAIS

Formalmente declarados no 14º. Congresso Mundial de Sexologia da Associação Mundial para a saúde sexual (WAS), em Hong Kong – agosto de 1999.

1-   Direito à liberdade sexual – direito à expressão do seu ser sexual, excluindo-se todas as formas de coação, exploração e abuso.
2-   Direito à autonomia e integridade sexuais e à segurança do corpo sexual – direito de tomar decisões autônomas sobre a própria vida sexual sintonizadas com ética pessoal e social. Direito ao controle a ao retirar prazer do próprio corpo, livre de qualquer tipo de tortura, mutilação e violência.
3- Direito à privacidade sexual – direitos de tomar decisões e comportamentos sobre a sua intimidade, desde que não interfiram com os direitos sexuais dos outros.
4-  Direito à igualdade sexual direito de ser livre de todas as formas de discriminação, independente do seu sexo, gênero, orientação sexual, idade, raça, classe social, religião e debilidade física ou mental.
5-   Direito ao prazer sexual direito a sentir prazer sexual, importante fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual. Aqui inclui-se também o auto-erotismo.
6-   Direito à expressão sexual direito à expressão da sua sexualidade através da expressão do amor, emocionalidade e através da linguagem, seja ela verbal ou não verbal, e neste último caso, por exemplo, pelo toque, olhares, carícias ou beijos.
7- Direito à livre associação sexual – direito à possibilidade de casar ou não casar, de se divorciar e de estabelecer outros tipos de associações sexuais responsáveis.
8-  Direito de fazer livremente e de forma responsável escolhas reprodutivas – direito de decidir se quer ou não ter filhos, o número e o espaçamento de tempo entre eles, e ainda, o pleno acesso aos métodos de regulação da fertilidade.
9-     Direito à informação sexual baseada no conhecimento científico – direito à informação sexual, produto do conhecimento científico, bem como à divulgação apropriada dessa informação, e a todos os níveis sociais.
10- Direito a uma educação sexual abrangente e compreensiva
11- Direito a cuidados de saúde sexual – que deverão estar disponíveis para a prevenção e tratamento de todas as preocupações, problemas e disfunções sexuais.

Pela saúde sexual de todos...
Reconheçamos, respeitemos e pratiquemos esses direitos.